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150 ANOS DAS FMA

5 de agosto de 1972 comemora a Fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas)

150 ANOS DAS FMA

Belo Horizonte, Brasil. A data de 5 de agosto de 1972 comemora a Fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas). E neste ano celebram-se os 150 anos de seu nascimento. Tempo de memória e gratidão. Tempo de futuro na fidelidade criativa do carisma salesiano de Dom Bosco e Madre Mazzarello.

 

Recordar é abrir o coração à esperança

Na Ata de Fundação do Instituto há uma frase que não cessa de nos fazer meditar: "Há uma acumulação de circunstâncias que demonstram uma especial providência do Senhor para este Instituto" (Cronistoria I, 315). Nesta festa revivemos a memória de tudo o que Deus fez no Instituto em 150 anos e, portanto, abrimo-nos à esperança, porque o seu amor é eterno e é sempre novo. Esta memória torna-se uma "estrela de esperança" também para cada um de nós, que tem a sua própria história pessoal de salvação, a ser verdadeiramente valorizada, tendo sempre presente a memória das grandes coisas que realizou na sua vida, para ter confiança: a sua própria misericórdia é eterna. Segundo Ir.Piera Cavaglià, o Instituto nasce e cresce sustentado por estas convicções.

 

A força das raízes

Não nos cansemos de voltar às fontes, de saciar nossa sede na fonte fresca e refrescante do Carisma: Mornese, onde está enraizado nosso futuro. Se não estivermos bem enraizados nessa terra, não podemos dar frutos.

O sentido da nossa vida e da sua fecundidade está em "permanecer unidos à Videira" para dar fruto. O fruto que o Instituto das FMA é chamado a dar é a marca do "espírito de Mornese". Seja qual for a nação a que pertençamos, seja qual for a nossa idade, seja qual for o serviço que nos seja confiado, é preciso continuamente “voltar a Mornese”, para nos refletirmos na santidade genuína de Madre Mazzarello e de tantas irmãs.

 

O clima espiritual em que o Instituto das FMA foi fundado

Com base em fontes históricas e carismáticas, revisitamos a celebração da Fundação do Instituto em Mornese, em 5 de agosto de 1872, para captar seu "clima" e reler o evento à luz da vida do Instituto hoje.

 

Clima eclesial

As primeiras FMA encontram-se envolvidas no grande "sonho" de Dom Bosco: "Devo fazer com que o sangue de Jesus não seja derramado em vão, tanto pelos jovens como pelas meninas" (MB VII 218).

Ratificando a eleição de Madre Mazzarello de próprio punho em 1880, Dom Bosco escreveu:

“Rogo a Deus que em todas [as FMA] infunda o espírito de caridade e fervor, para que esta nossa humilde Congregação cresça em número, expanda-se para outros e depois para outros países mais remotos da terra ..” (Pegadas de vida, vestígios do futuro D 118).

Os consagrados serão sobretudo missionários, aprofundando continuamente a consciência de terem sido escolhidos e chamados por Deus para tornar visível a sua presença no mundo (cf. VC 25).

 

Clima Pascal

O Instituto FMA tem suas raízes no mistério pascal de Jesus, com sua paixão, morte e ressurreição. As primeiras FMA são pobres, criticadas, desafiadas por mal-entendidos e muito em breve por doenças, deserções, mortes prematuras. Dom Bosco observa-as comovido no dia da Fundação e ajuda-as a inserir-se na lógica do mistério pascal com a metáfora do nardo:

"Entre as plantas muito pequenas há uma muito perfumada: o nardo, muitas vezes mencionado na Sagrada Escritura. (…) Mas você sabe o que é preciso para o nardo cheirar bem? Deve ser bem batido. Não lamente, portanto, que você tenha que sofrer. Quem sofre por Jesus Cristo reinará com ele para sempre. (...) Sim, posso assegurar-vos que o instituto terá um grande futuro, se vos mantiverdes simples, pobres, mortificados” (Cronistoria I 305).

A palavra "coragem", repetida com frequência por Madre Mazzarello, é pronunciada sobre uma experiência que realmente precisa de conforto e coragem.

 

Clima mariano

Por que Dom Bosco escolheu o caminho de Mornese para iniciar o Instituto para as mulheres? Além da simplicidade daquelas jovens, da dedicação generosa e sacrificada às meninas da aldeia, da vida comunitária, do amor ardente por Jesus, há um amor intenso por Maria. Onde está Maria, há futuro e Dom Bosco se concentra no futuro.

A primeira casa chama-se "Casa de Maria", como Madre Mazzarello gostava de chamá-la. Em Mornese, como em Nice, Maria não é hóspede, é anfitriã. Ela é considerada diretora, guia, mãe. A ela são confiadas as chaves da casa e do coração das pessoas. Sua proteção e ajuda são experimentadas.

O nome do novo Instituto é símbolo de uma identidade: Filhas de Maria Auxiliadora, Monumento vivo de gratidão.

A missão educativa de Maria está em relação direta com a sua maternidade espiritual para com toda a humanidade. Maria, como Mãe, é chamada a gerar em nós a imagem do Filho, ou seja, a identidade mais profunda que nos foi comunicada pelo Pai, em Cristo, por meio do Espírito.

No dia 5 de agosto todas as FMA se sentem profundamente unidas à Madre Geral, às Irmãs do Conselho, às FMA dos 5 Continentes, a Comunidade Educativa com Leigos e Leigas empenhados na vivência e difusão do Carisma Salesiana, como toda a Família de Maria, que estende na Igreja o amor de Dom Bosco e Maria Domingas Mazzarello pelas jovens, crianças e pobres.

 

150 ANOS DAS FMA (5 Fotos)